Depois daquele feridão chuvoso e marido viajando, estávamos precisando relaxar.
Fiquei tão feliz com a repercussão do meu depoimento! (leia aqui) Não imaginava.
Recebi muitos emails com relatos parecidos. Vi que minha experiência é a de muitas. Mais uma vez pude comprovar que a vivência do outro nos ajuda a elaborar as nossas.
Esse assunto era tabu pra mim, ao menos aqui no blog. Tinha medo de expor tamanha ferida e ser julgada. Confesso que, esse medo da exposição só veio depois de virar mãe e ser a mulher do meu marido. Porque meu marido é aquele moço discreto, que tem sempre a fala certa na hora certa. Já eu... bem eu falo pelos cotovelos e só consigo elaborar meus dilemas falando e muito sobre eles.
Esse caso de abuso já é assunto superado em certo aspecto. Tenho uma vida sexual ativa e prazerosa. E tenho boa relação com meu corpo. Fruto de muita terapia.
E meu conselho pra quem tenha vivido esse tipo de trauma é: não tenha medo de buscar ajuda. vale tudo pra superar e ter a vida mais plena.
Eu ainda tateio em alguns pontos no quesito maternidade. Mas depois de ter falado disso aqui, saiu um fardo das minhas costas.
Essa semana foi muito difícil pra mim, pois estou no momento vivendo um grande dilema. E com tudo o que está se passando, não perdi a cabeça em nenhum momento. Até as crianças estão mais calmas.
Estou muito orgulhosa de mim!
Parece que renasci. Em parte foram vocês que me ajudaram, pois seus relatos me ajudaram a ver que não estou sozinha nessa. Relatar aqui, me fez me ver.
Tenho refletindo muito sobre o que li.
Grata! Muito grata pela força de vocês.
E desejo coragem para vencerem os seus traumas.
E no domingo pós feriado a gente tomou café da manhã na casa de uns amigos e depois fomos andar sem eira, nem beira. Dia meio nublado e tal, procuramos um lugar diferente pra almoçar e nada, mas nada mesmo nos apetecia. Passamos numa pizzaria, compramos uma gigante e rumamos pro Mirante dona Marta. Lá no heliponto comemos nossa pizza tendo a vista mais impressionante do Rio.
Fiquei admirando essa bela cidade e pensando no quanto fui feliz aqui e do quanto a vida é uma grata surpresa. Eu. Euzinha estava ali almoçando com minha família. Com o homem que amo, e com os filhos que temos juntos. Eu sorria á toa!
O Francisco logo inventou de rolar numa grama que tinha por lá, e passaram os dois, Catarina e ele, horas rolando ribanceira abaixo gargalhando!
No carro o Francisco perguntou porque eu não quis rolar com eles, nem soube direito o que responder e antes que eu conseguisse, ele mesmo concluiu: você queria rolar com a gente mãe. Amanhã quando a gente voltar você rola, tá? Tá, meu filho.
De fato eu queria rolar com eles e não fui porque meu senso de imagem pública não autorizou. Da próxima vez rolarei ribanceira abaixo, só pra relembrar com é. Só pra ter história pra contar. Só pelo gosto de ver sorrir meus filhos.
Vou. Juro que vou!
que família linda :) parabéns por estas preciosas conquistas,comprovação das tuas vitórias. ah, rola sim e dá muita gargalhada, é maravilhoso pra espantar todos os "vudus". beijos
ResponderExcluirAbençoada, fiquei com vontade de "rolar" também!!
ResponderExcluirViva, você!!
Obrigada pela alegria de te conhecer!
Vai, rola mesmo e programa a máquina para a gente ver tbm :-)
ResponderExcluirEu fui uma dos "depoimentos" semelhantes e tbm recorri a terapia. A sequela do ocorrido é uma dificuldade imensa de pegar no sono, que vira insônia, que às vzs me obriga a recorrer a medicação. É um troço meio doido, um medo que dá de dormir, exatamente pq o fato ocorreu enquanto eu dormia...mas vou andando e buscando a solução.
Fiquei feliz com tua semana, com tuas fotos, com teu domingo!
Bjus e uma ÓTIMA semana