Maioria amamenta pouco, dá leite de vaca a menores de um ano e não sabe preparar as fórmulas infantis.
Pesquisa da Unifesp mostra alto consumo de comida industrializada por bebês, o que eleva o risco de obesidade.
A maioria das mães não sabe alimentar seus bebês, o que aumenta o risco de carências nutricionais e de doenças crônicas no futuro.
A conclusão é de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo.
O estudo avaliou quase 200 bebês de todas as classes sociais, com idades entre quatro e 12 meses. Deles, metade já não recebia aleitamento materno exclusivo.
A idade média de introdução da mamadeira foi três meses. Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
Outro problema apontado pelo estudo é o alto consumo de leite de vaca integral, contraindicado antes de a criança completar um ano.
Além de não possuir a quantidade necessária de nutrientes essenciais ao bebê, o leite de vaca expõe a criança ao risco de alergias. Para piorar, muitas mães adicionam açúcar, achocolatados e cereais à bebida.
O leite de vaca também facilita o aparecimento da anemia, por sua baixa quantidade de ferro em relação ao leite materno, o que leva a comprometimentos cognitivos e emocionais da criança.
Dos bebês avaliados, apenas 12% dos menores de seis meses e 6% dos maiores recebiam as fórmulas infantis à base de leite apropriadas para a faixa de idade.
Ainda assim, poucas mulheres sabem prepará-las: apenas 23% das mães fazem a diluição correta. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de diarreia, desidratação e de falta de nutrientes.
"JUNK FOOD"
A pesquisa também revelou que as crianças recebem muito cedo alimentos inadequados, como doces industrializados, biscoitos recheados e até refrigerantes.
Esses alimentos têm alto teor de gorduras e açúcares, o que predispõe à obesidade. Em contrapartida, recebem pouca quantidade de frutas, verduras e legumes.
"Há um descontrole nas famílias, são pais e mães que descuidam da própria alimentação", analisa a pediatra e nutróloga Roseli Sarni, uma das autoras. "Há muita desinformação."
"É um problema grave e a realidade provavelmente é ainda pior", acredita Ary Lopes Cardoso, chefe da unidade de nutrologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para elaborar o cardápio dos filhos, a grande maioria das mães (67,7%) segue sua própria experiência ou de sua família. As orientações passadas pelo pediatra ficam em segundo plano.
Folha de S. Paulo, Saúde, 19/8/2010
Matéria Extraída do Site:
É um tristeza ler esse tipo de notícia.
ResponderExcluirMuitas abandonam o aleitamento exclusivo até o 6ºmês pelo simples fato de não ter paciência.
Amamentar é um ato de amor e só traz benefícios para o nosso bebê e para nós tbm. Não é fácil para algumas, mas não se deve desistir, pelo bem do próprio filho.
e se formos pensar bem egóicamente...... faz bem pra nós também. A gente emagrece a pampa... rsrsrsrsrs
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